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República Popular da China

Depois da fundação da Repúplica Popular, o governo continuou a promover a prática e o desenvolvimento das artes marciais mas de uma forma diferente. Diante das pressões políticas, muitos mestres emigraram para Taiwan, Hong Kong e outros países, levando consigo sua bagagem marcial.

Depois de tantas destruições e incêndios, em 1949 o governo da República Popular da China tombou o mosteiro de Shao Lin como patrimônio cultural chinês e iniciou um longo processo de recuperação e reconstrução das edificações; praticamente tudo fora destruído ao longo dos anos.

As artes marciais chinesas foram gradualmente conquistando espaço no ocidente através de filmes de ação vindos de Hong Kong, onde todos os atores lutavam kung fu. Aqueles mestres e professores que fugiram da Revolução Cultural para países como Brasil, Canadá e Estados Unidos começaram a ensinar os seus estilos para os ocidentais, ajudando a tornar o kung fu conhecido a todos.

Aproveitando esta oportunidade, o governo chinês tomou uma medida drástica para recuperar a sua herança marcial; codificou a arte marcial chinesa através da criação de um sistema homogêneo de técnicas padronizadas que pudesse ser ensinado a qualquer pessoa, sempre da mesma forma, em qualquer lugar do mundo e a chamou de Wushu moderno. O governo reconstruiu praticamente todo o mosteiro de Shao Lin, recrutou novos monges e os ensinou as novas rotinas de Wushu, estimulando a criação de muitas escolas e academias ao redor do mosteiro. Foram construídos um hotel e centro de treino próximos para estrangeiros interessados em aprender diretamente com os monges.

Infelizmente o mosteiro hoje é um centro de peregrinação turística, já que muitas das formas originais como Os Dez Caminhos de Shaolin não são mais ensinados no templo; todos aqueles que conseguiram escapar da Revolução Cultural imigraram para outros países. A arte marcial praticada no mosteiro nos dias de hoje é uma reunião de estilos remanscentes. Os monges dividem o seu tempo entre os afazeres diários, treino, reza e meditação, e por fim, guias turísticos.